quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sortes lusas na Liga dos Campeões


Foi ontem no Mónaco que as equipas portuguesas presentes nesta competição conheceram os seus adversários.

Como seria de esperar na prova máxima de clubes os grupos são muito competitivos, mas as sortes foram algo diferentes para os três participantes portugueses.

Grupo A
Liverpool (Inglaterra)
F.C. Porto (Portugal)
Marselha (França)
Besiktas (Turquia)

O Porto parece ter sido claramente a mais feliz das equipas lusas no sorteio, o Liverpool é sempre uma equipa poderosa, mas todas as do 1º pote são, já relativamente a Marselha e Besiktas ambas me parecem claramente ao alcance dos dragões, os franceses são uma equipa perigosa, mas muito irregular, neste momento andam pelo fundo da tabela do campeonato gaulês, já os turcos possuem um ambiente terrível em casa, mas são claramente a equipa mais acessível do grupo.

Grupo D
Milan (Itália)
Benfica (Portugal)
Celtic (Escócia)
Shakhtar Donetsk (Ucrânia)

O Benfica apanha o campeão em título, reencontram o Celtic com quem ainda a época passada jogaram com resultados muitos distintos nos confrontos em casa e fora, mas não foram muito felizes com a formação do 4º pote que lhes calhou, o Shakhtar Donetsk é uma equipa muito forte, contratou forte e feio para esta temporada e pode-se até tornar mais complicada que os escoceses.

Grupo F
Manchester United (Inglaterra)
Roma (Itália)
Sporting (Portugal)
Dynamo Kiev (Ucrânia)

Já o Sporting foi o menos bafejado pela sorte, mas quem parte para o sorteio no pote 3, também não pode esperar por ela, o Manchester United é um "dream team", embora não tenha iniciado muito bem a sua temporada, a Roma continua a ser uma das mais poderosas formações italianas, e o Kiev embora seja o mais acessível dos adversários obriga a uma longa e sempre complicada deslocação ao leste da Europa.

Em suma, o Porto parte com boas condições de seguir em frente, o Benfica possui legitimas aspirações de conseguir o mesmo, mas vai ter de ter cuidado especialmente com o Shakhtar, e o Sporting enfrenta a situação mais complicada, com poucas possibilidades à partida de seguir em frente, mas vamos a ver, as surpresas por vezes acontecem.

A Sorte o Mérito e a Vontade de Vencer


E mais uma vez três equipas portuguesas vão estar presentes na Liga dos Campeões, quando ontem à noite o Benfica se juntou a Porto e Sporting, após triunfar sobre o Copenhaga num desafio onde foi bafejado pela sorte, mas acabou tendo mérito, e no final demonstrou grande vontade de vencer.

Os encarnados chegavam à segunda mão com uma escassa vantagem de 2-1, e esperava-se que a formação dinamarquesa exerce-se grande pressão desde inicio na tentativa de virar a eliminatória, e tal veio mesmo a acontecer, uma entrada forte, tentando empurrar o jogo para perto da área benfiquista, o perigo esse era criado principalmente em lances de bola parada, onde a superioridade física dos nórdicos lhes conferia vantagens no jogo aéreo.

O golo dos da casa parecia eminente, com bolas a serem cortadas em cima da linha da baliza de Quim, mas eis que na primeira oportunidade é o Benfica quem chega à vantagem, com a execução primorosa de um lance ensaiado na conversão de um livre directo, Cardozo e Nuno Gomes dominaram nas alturas com este último assistir Katsouranis que só teve de desviar para a baliza.

Nos minutos que se seguíram os dinamarqueses pareciam ter acusado o tento sofrido, a sua pressão baixou e o perigo imediato nas imediações da área encarnada desapareceram, mas com o passar do tempo tudo voltou ao primeiro registo, com o Benfica a sentir dificuldades em gerir a posse da bola, esta era conquistada rapidamente, que sem demoras a tentava colocar na área ou pelo menos nas suas imediações, e novamente os sustos passaram a suceder-se, mas com uma enorme dose de felicidade à mistura as águias lá conseguíram alcançar o intervalo sem verem as suas redes violadas, mantendo assim a vantagem pelo obtida pelo golo de Katsouranis.

Com reatamento apareceu dos balneários um Benfica diferente, se até então o resultado parecia só assim se manter pela sorte, a partir do reinicio veio ao cima o mérito de finalmente conseguir manter o adversário longe da sua área, gerir melhor a posse de bola, e controlar o assim o jogo com grande segurança, para isso muito contribuiu a acção de Petit, esteve enorme, jogou com uma alma imensa e um pulmão monstruoso, ganhou imensas bolas, impedindo que o Copenhaga consegui-se manobrar à vontade no meio campo, ajudando assim a que a luta neste sector pende-se mais vezes para os homens da Luz.

O encontro corria agora muito, os dinamarqueses sentiam dificuldades em criar problemas ao Benfica, e só a meio da etapa complementar conseguíram voltar a ganhar algum domínio, ainda que pouco efectivo, já que a baliza encarnada praticamente só voltaria a estar em apuros nos minutos finais do desafio com os homens da casa a tentarem num último esforço obter um golo que pode-se pelo menos lançar a incerteza quando à possibilidade de um prolongamento, mas mesmo nessas alturas a defesa da formação lusitana soube estar à altura, e até as bolas aéreas passou a corar com autoridade, com destaque para Miguel Vítor, que demonstrou ao longo de todo o jogo excelente concentração, posicionamento e capacidade de antecipação.

Até ao último apito o resultado não sofreria mais alterações, no final sobrava a vontade de vencer dos encarnados, que assim conseguíram mais uma vez alcançar a Liga dos Campeões, na qual irão conhecer os seus adversários já hoje por volta das 17h00, altura em que se realizará o sorteio.

Este Benfica possui agora uma atitude mais positiva, mais lutadora, mais guerreira, por outras palavras está já a interiorizar a personalidade de Camacho, e desta forma possui todas as condições para crescer e evoluir como uma equipa mais forte.





terça-feira, 28 de agosto de 2007

Antonio Puerta


O futebol tem mais um motivo para estar de luto... Não são só ex-jogadores que se vão perdendo, deixando nos corações dos adeptos uma tristeza grande, mas também alguns jogadores jovens nos vão deixando surpresos/chocados pelo seu súbito falecimento.
Hoje tivemos a triste notícia da morte de mais um atleta, de apenas 22 anos: o jovem jogador do Sevilha Antonio Puerta, que no passado sábado durante o jogo terá sofrido uma paragem cardíaca o que se viria a repetir nos balneários do estádio e também a caminho do hospital. Este atleta já anteriormente havia sofrido alguns desmaios em treinos e jogos amigáveis ao serviço do Sevilha, mas infelizmente apesar de ter sido submetido a exames complementares de diagnóstico nada lhe fora detectado.

À meia hora de jogo, o defesa esquerdo desmaiou em campo e foi prontamente socorrido pela equipa médica, tendo ainda conseguido abandonar as quatro linhas pelo próprio pé.
Posteriormente sofreu mais uma grave paragem cardíaca ainda no balneário do Sevilha, tendo sido socorrido na altura com ajuda de um desfibrilhador portátil, a caminho do hospital, terá sofrido mais algumas paragens cardio-respiratórias que lhe provocaram lesões cerebrais bastante graves.

Depois de alguns dias de internamento no Hospital Virgen del Rocío, o jovem futebolista não resistiu e veio a falecer durante a tarde de hoje, deixando o mundo desportivo em choque pela sua perda.
Deixamos a nossa humilde homenagem a este que era considerado um dos jogadores mais promissores de Espanha, desejando que a sua alma encontre a paz...





P.S.- Este texto foi escrito com a colaboração do Marco A., que gentilmente me foi dando algumas informações mais específicas sobre este acontecimento e que também encontrou a foto aqui usada.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

No primeiro clássico da Liga, o Porto leva a melhor sobre o Sporting


Foi um estádio do Dragão repleto que recebeu ontem o primeiro clássico da 1ª Liga.

O Porto entrou dominador, assumiu o controlo do meio campo, e exerceu uma grande pressão sobre o Sporting, tendo criado algumas situações de perigo, como uma bola à barra de Quaresma após a conversão de um livre directo por este, e um contra ataque que levou o esférico a saltitar bem perto da linha de golo da baliza de Stojkovic.

Só no quarto de hora final do primeiro tempo os leões foram capazes de sacudir a pressão, equilibrando as operações, mas não conseguindo incomodar Helton.

O segundo período começou com uma toada mais rápida de ambas as formações, o jogo tornava-se agora mais interessante e assistiam-se a situações de parada e resposta, até que pouco depois se deu o lance que decidiria o destino do desafio.

Stojokovik cometeu a borrada do encontro, ao agarrar uma bola que lhe havia sido atrasada por um companheiro, ainda por cima quando dispôs de todo o tempo do mundo para despachar o esférico com os pés, na marcação do livre indirecto bem perto da linha de baliza, Raul Meireles aproveitou da melhor forma e conseguiu rematar para o fundo das malhas, atravessando uma floresta de jogadores.

O Sporting tentou responder, mas encontrou sempre pela frente um adversário muito bem organizado, e só quando nos últimos 15 minutos Paulo Bento decidiu arriscar tudo, tirando os dois laterais para introduzir um médio e um avançado, alterando inclusive o esquema de jogo, a pressão leonina se tornou mais intensa, ainda assim foi só já bem perto do final que a formação verde e branca criou a sua grande oportunidade, quando Derlei solto pela direita rematou para uma intervenção menos conseguída de Helton.

No final o resultado é justo, venceu quem mais fez por isso, o Porto atacou mais e criou mais oportunidades de golo, e dessa forma o triunfo assenta-lhe bem numa partida bem disputada que se acabou por decidir no aproveitamento de um erro, como ocorre com regularidade neste tipo de embates.

Massa vence na Turquia


Felipe Massa acabou levando a melhor na prova turca, o piloto brasileiro partiu da pole, manteve a liderança após a primeira curva e dominou toda a prova, apenas perdendo a dianteira nos períodos de reabastecimento.

Na segunda posição ficou o seu companheiro de equipa, Kimi Raikkonen, que na largada saltou do terceiro para o segundo posto, que manteve praticamente durante toda a corrida.

Alonso herdou o último lugar do pódio quando o seu companheiro de equipa Lewis Hamilton viu o pneu dianteiro direito do seu MP4/22 rebentar, tendo de ir ás boxes para troca-lo, antes disso a partida do espanhol não tinha sido a melhor, perdendo duas posições ao cair do 4º para o 6º posto atrás dos dois BMW, dos quais só se conseguiu desenvencilhar após a primeira paragem nas boxes, depois disso já estava demasiado longe dos Ferrari para os poder alcançar.

Lewis Hamilton que durante grande parte da etapa turca se manteve na cola dos Ferraris, caiu para a 5ª posição após o furo do pneu, e no regresso teve de lutar contra o equilibrio do seu carro que havia sido afectado por esse incidente, não conseguindo assim lutar por posições mais elevadas.

Confira o resultado final do GP da Turquia da Fórmula 1:

1º Felipe Massa (Ferrari)
2º Kimi Raikkonen (Ferrari)
3º Fernando Alonso (McLaren)
4º Nick Heidfeld (BMW-Sauber)
5º Lewis Hamilton (McLaren)
6º Heikki Kovalainen (Renault)
7º Nico Rosberg (Williams)
8º Robert Kubica (BMW-Sauber)
9º Giancarlo Fisichella (Renault)
10º David Coulthard (Red Bull)
11º Alex Wurz (Williams)
12º Ralf Schumacher (Toyota)
13º Jenson Button (Honda)
14º Anthony Davidson (Super Aguri)
15º Vitantonio Liuzzi (Toro Rosso)
16º Jarno Trulli (Toyota)
17º Rubens Barrichello (Honda)
18º Takuma Sato (Super Aguri)
19º Sebastian Vettel (Toro Rosso)
20º Sakon Yamamoto (Spyker)
21º Adrian Sutil (Spyker)

Não completou:

Mark Webber (Red Bull)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

GP da Turquia (Antevisão)


Já falta pouco para os motores dos F1 se começarem a ouvir em Istambul, o campeonato mundial da categoria máxima entra agora numa fase decisiva, a McLaren continua a liderar tanto a classificação de pilotos como a de construtores, mas a Ferrari está forte a a luta continuará a ser entre estas duas formações, falta agora saber quem trabalhou melhor no desenvolvimento dos seus carros nestas três semanas de interregno.

Estou razoavelmente confiante com a McLaren tanto para este GP como para o restante campeonato, mas confesso que a partir de certa este começou a perder algum encanto para mim, quando esperava celebrar a alegria efusiva de ver a vitória regressar após quase uma década de interregno para a McLaren, eis que começaram a surgir noticias de espionagem ligadas a ela sobre a Ferrari, o responsável já foi demitido, e eu continuo a achar que em Woking nenhuma dessa informação foi utilizada em beneficio do MP4/22, basta olhar para esse carro e para o F2007 da Ferrari para perceber que ambos seguem duas filosofias aerodinâmicas extremamente diferentes, basta só referir que um é o monolugar com a distância entre eixos mais curta do pelotão (MP4/22), e o outro é o que possui a maior (F2007), mas fica sempre uma macha impossível de apagar sobre a equipa que desde à mais ou menos duas décadas sigo apaixonadamente.

Outra coisa que me tem desagradado e de que maneira tem sido o recente conflito entre os dois pilotos da McLaren, Fernando Alonso, um bicampeão ainda jovem, e a mais recente estrela em ascensão na categoria, o ainda mais jovem e também tremendamente talentoso Lewis Hamilton.

Se no inicio da época os meus olhos brilhavam com a incrível qualidade desta dupla de pilotos na equipa pela qual sempre sofri, agora entristece-me profundamente saber que já não se falam, que já causam problemas um ao outro dentro de pista, e que dificilmente poderão permanecer juntos no próximo ano, vejo realmente com uma enorme pena toda esta situação, agora só espero consigam manter o profissionalismo até ao final desta época de forma a conseguírem garantir os títulos em disputa, na próxima temporada logo se verá.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Finalmente!

Depois de uma época sem chama, uma pré-época desastrosa e um novo arranque sofrido, Luis Filipe Vieira fez o que há muito devia ter feito: a rescisão do contrato de Fernando Santos. Para o seu lugar regressa José António Camacho, o último treinador a reunir consenso pelos lados da Luz. O espanhol volta numa altura em que Veiga também já saiu (nem poderia ser de outra forma, dada a incompatibilidade entre ambos) e terá assim liberdade para impôr as suas ideias.
Camacho era há muito o desejado pelos adeptos encarnados, na esperança de trazer uma nova garra e disciplina a uma equipa que até tem talento, mas não tinha lider.

Boa sorte, Camacho!

Quanto a Fernando Santos, boa sorte e... até nunca mais!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Rui Costa 2 - 1 Copenhaga

Acabou por ser o que se passou ontem, em pleno estádio da Luz... O Benfica apresentou uma equipa já sem Manuel Fernandes (que passou de maior reforço a pior saída, a par de Simão), e com os "estreantes" (em jogos oficiais) Luis Filipe, Cardozo e Bergessio.

Aquilo que se viu foi mais uma amostra da pré-época: uma equipa lenta, sem ideias, sem fio de jogo, sem garra... Luis Filipe conseguiu a proeza de estar pior que Nelson, Luisão (talvez pelos problemas fisicos) está desastrado, Nuno Assis é inconsequente, Cardozo tarda em mostrar valor e Bergessio já mostrou ser melhor sobre a esquerda do que sobre a direita...

E o pior disto tudo nem são os jogadores. O engenheiro (as vezes que eu terei que bater nesta tecla durante a época...) tarda em perceber que não consegue colocar a equipa a render aquilo que pode, que Petit e Katsouranis não combinam, que Bergessio não deve jogar daquele lado, que Nuno Assis não dá seguimento às jogadas. E depois ainda se espera que um jovem de apenas 18 anos, vindo da "exigentíssima" Major League Soccer para a Europa, com apenas sete dias de treino, faça a diferença. Assim se pode "queimar" um talento... Isto e mais faz com que Fernando Santos não consiga a mínima empatia com os adeptos (o que ainda prejudica mais o plantel).

No meio de tudo, duas certezas:


  • mesmo "velho" (não é, Berardo?), Rui Costa é o verdadeiro Maestro;

  • a segunda mão vai ser uma trabalheira...

domingo, 12 de agosto de 2007

Bomba da Rússia dá Supertaça aos leões



Futebol Clube do Porto e Sporting jogaram ontem em Leiria a conquista do primeiro título da temporada, a Supertaça Cândido de Oliveira, no final a sorte sorriu aos leões, num jogo intensamente disputado mas poucas vezes bem jogado.

A partida iniciava-se com ambas as formações bem encaixadas entre si, o que se manteve ao longo de todo o jogo.

A disputa da posse de bola de bola era feroz, e a intensidade competitiva elevada, mas o espectáculo propriamente dito esse era fraco, existiam muitas dificuldades de parte a parte em realizar transições defesa ataque bem sucedidas, o que levou muitas vezes os jogadores a optarem pelo passe longo mas sem que os resultados melhorassem, em consequência os lances de perigo rareavam, ainda assim o meio campo azul e branco ganhava algum ascendente sobre o do Sporting e foram os dragões a dispor das melhores oportunidades com duas bolas enviadas ao ferro da baliza de Stojkovic antes do apito para o intervalo.

No segundo tempo nada de novo, o mesmo equilíbrio a manter-se com alguma superioridade dos pupilos de Jesualdo.

Aos 54 minutos o caso do jogo, após um cruzamento para a área leonina Tonel desvia a bola com o braço, o Porto tem razões para se queixar deste lance, o defesa do Sporting pode não tido intenção de cortar deliberadamente o esférico com o braço, mas tal poderia ter sido evitado se este estivesse junto ao corpo o que não ocorreu, e assim terá ficado por assinalar no Magalhães Pessoa uma grande penalidade a favorecer os dragões.

O encontro continuava no mesmo ritmo, e alguns já pensariam mesmo em prolongamento quando a 15 minutos do fim, aquele que provavelmente estaria a ser o pior jogador do Sporting em campo, Izmailov, recebe uma bola a uns bons 30 metros da baliza e desfere um fortíssimo remate, ainda para mais cheio de efeito, Helton bem se esticou mas era impossível chegar àquela bola.

Estava assim inaugurado o marcador na Supertaça, o Porto ainda respondeu, Jesualdo refrescou o meio campo tornando-o mais ofensivo, e pouco depois esteve perto do empate quando Kazmierczak enviou a bola com estrondo ao poste, mas tirando esse lance não mais o perigo voltaria a rondar a baliza verde e branca, os dragões mostravam agora pouco discernimento para alterar o rumo dos acontecimentos, e o Sporting controlava com algum à vontade as investidas contrárias, além disso o tempo já era escasso, e a partida encaminhou-se naturalmente para o final sem mais alterações.

De um modo muito resumido poder-se-à dizer que este foi um desafio equilibrado com muita disputa e muita intensidade mas pouco futebol, com ligeiro ascendente do Porto, mas onde no final a felicidade acabou por cair para o lado do Sporting.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Primeiro derby da temporada


Na última partida do Torneio Internacional do Guadiana estava marcado o primeiro derby da temporada, opondo o Benfica ao Sporting num encontro que iria decidir o vencedor da competição.

O Benfica entrou melhor na partida, mais pressionante sobre o adversário, roubava com alguma frequência a bola a este para depois lançar os seus ataques, embora sem criar grandes lances de perigo, o Sporting começou a responder a partir dos 10 minutos, mas também sem levar perigo à baliza de Quim.

O primeiro lance de golo eminente ocorreu à passagem dos 21 minutos, quando Bergessio no interior da área verde e branca desfere um remate enrolado mas bem puxado ao poste direito da baliza de Stojkovic, obrigando o guardião servio a esticar-se todo para desviar a bola, logo no seguimento seria a vez de ser o Sporting a estar perto do golo, com uma boa arrancada de Pedro Silva pelo flanco direito que terminou num remate que ainda fora desviado por um defesa encarnado quase traindo Quim, mas o esférico saiu pela linha final.

Até ao intervalo o desafio seguiu numa toada de equilíbrio com destaque para mais alguns lances, uma boa defesa a remate de Izmailov embora o lance já tivesse sido interrompido por fora de jogo, um forte remate de
Bergessio que saiu pouco por cima da baliza leonina, e já perto do intervalo uma bomba de Ronny na marcação de um livre directo a obrigar Quim a uma intervenção difícil.

No recomeço foi o Sporting a entrar melhor, conseguindo jogar mais tempo no meio campo encarnado, mas fora o Benfica a criar o primeiro lance de golo, com Bergessio mais uma vez a receber um cruzamento para a área, a ganhar o confronto com os centrais leoninos e a rematar para uma grande defesa de Stojkovic.

O jogo entrava agora numa fase de alguma apatia, com a disputa a realizar-se principalmente a meio campo, e embora intensa e por vezes até algo dura, ocorria normalmente longe de qualquer uma das balizas não sendo criados assim lances de apuro para qualquer um dos dois guardiões presentes no interior da quatro linhas. Isto até que aos 79 minutos o golo do Benfica surgia como uma pedrada no charco, Manuel Fernandes cobrava um livre para a área verde e branca e David Luiz entrou muito de cabeça, desviando para a baliza sem hipóteses para o guarda redes.

O marcador estava inaugurado, o Sporting ainda tentou responder mas fe-lo sem organização, não criando assim grandes dificuldades aos encarnados para segurar a vantagem até ao final.

Foi uma partida de grande equilíbrio com momentos de disputa bastante intensa e ritmo forte, o que demonstra que ambos os conjuntos apresentam pelo menos já nesta altura uma razoável capacidade física, o resultado mais acertado dado o equilíbrio que se registou seria o empate, a vitória a acontecer poderia cair para qualquer um dos lados, caiu para o Benfica portanto aceita-se.

Relativamente a destaques individuais, para os encarnados eles vão para Bergessio entre os reforços, sempre muito lutador, e para Manuel Fernandes o seu melhor elemento em campo, já do lado do Sporting, o guardião
Stojkovic demonstra uma grande elasticidade, e Miguel Veloso foi o pendolo do meio campo, conseguindo estar quase em todo lado.

domingo, 5 de agosto de 2007

Hamilton alcança na Hungria a sua terceira vitória


Numa prova dominada de principio ao fim por Lewis Hamilton, o jovem britânico cortou a meta na primeira posição, posto que nunca perdeu durante a prova mesmo nos reabastecimentos.

Num GP que acaba por ficar mais marcado pelo que se passou na qualificação e pela decisão da FIA de retirar a pole a Alonso relegando-o para o sexto lugar da grelha de partida, e por penalizar a McLaren não lhe atribuindo quaisquer pontos no Mundial de Construtores conquistados nesta prova.

Mas voltando à corrida Hamilton largou na frente e manteve sempre essa posição, nunca cometendo o menor erro apesar da pressão de Raikkonen que sempre se manteve bem perto, especialmente na fase final, Heidfeld com uma boa prova fechou o pódio, se bem nas últimas voltas também tenha uma forte pressão de Alonso.

O espanhol da McLaren partindo do sexto posto apenas conseguiu recuperar até ao quarto lugar numa pista onde ultrapassar é muito complicado, menos feliz este ainda Felipe Massa que saindo da 14º posição apenas recuperou um lugar acabando no 13º.

Classificação:

1º Hamilton - McLaren-Mercedes 1h35:52.991
2º Raikkonen - Ferrari + 0.715
3º Heidfeld - BMW Sauber + 43.129
4º Alonso - McLaren-Mercedes + 44.858
5º Kubica - BMW Sauber + 47.616
6º R.Schumacher - Toyota + 50.669
7º Rosberg - Williams-Toyota + 59.139
8º Kovalainen - Renault + 1:08.104
9º Webber - Red Bull-Renault + 1:16.331
10º Trulli - Toyota + 1 volta
11º Coulthard - Red Bull-Renault + 1 v
12º Fisichella - Renault + 1 v
13º Massa - Ferrari + 1 v
14º Wurz - Williams-Toyota + 1 v
15º Sato - Super Aguri-Honda + 1 v
16º Vettel - Toro Rosso-Ferrari + 1 v
17º Sutil - Spyker-Ferrari + 2 v
18º Barrichello - Honda + 2 v

Não terminaram

Liuzzi - Toro Rosso-Ferrari (volta 43)
Davidson - Super Aguri-Honda ( v 42)
Button - Honda ( v 36)
Yamamoto - Spyker-Ferrari ( v 7)