domingo, 30 de setembro de 2007

No dilúvio de Fuji, Lewis vence e fica à beira do título


Foi sob um autêntico dilúvio que Lewis Hamilton conquistou a sua quarta vitória da temporada, as condições na pista nipónica eram tão difíceis que a partida apenas se executou com safety car, e só após este ter realizado 17 voltas com todo o pelotão da F1 atrás de si.

Após a largada assistiu-se por um lado a um festival de piões e despistes que foi dado por praticamente todos os pilotos, e por outro a um festival do estreante Lewis Hamilton, que saindo da liderança dominou toda a prova com enorme autoritarismo não cometendo quaisquer erros mesmo numa pista tão alagada, enfim deu um autêntico recital de talento e frieza, conseguindo andar num ritmo mais elevado sem perder o controlo do seu carro naquelas condições.

Relativamente aos seus adversários Alonso acabou desistindo por acidente na volta 41, e os dois Ferraris enfrentaram uma corrida difícil depois de terem cometido a proeza de sair para a pista com pneus entremédios quando as condições de pista eram complicadas mesmo com pneus de chuva, ainda durante as primeiras voltas com o safety car os comissários prevenindo males maiores obrigaram ambos os carros da equipa de Maranello a vir ás boxes colocar pneumáticos de chuva, fazendo-os cair para o final do pelotão, depois ainda realizaram uma boa recuperação, tendo Raikkonen chegado mesmo ao lugar mais baixo do pódio, e Massa ao 6º posto.

Destaque também para Kovalainen que alcançou o seu primeiro pódio na F1, e para Sutil que conseguiu o seu primeiro nesta categoria ao ficar com o 8º posto após Luzi ter sido penalizado por ter realizado uma ultrapassagem com bandeiras amarelas, e convém lembrar que estes dois pilotos são estreantes na F1, tal como Lewis Hamilton.

Com este triunfo o jovem inglês fica com uma mão no troféu máximo, e só um cataclismo o poderá afastar dele.

Acabo esta crónica com uma citação de Ivan Capelli, um dos mais prestigiados cronistas de desportos motorizados no Brasil:

- O GP do Japão foi o grande momento da temporada de 2007. E desfez qualquer dúvida sobre o talento de Lewis Hamilton. O inglês abandonou hoje o complemento "fenómeno" para adoptar o "génio".

Final:

1 Lewis Hamilton (McLaren)
2 Heikki Kovalainen (Renault)
3 Kimi Raikkonen (Ferrari)
4 David Coulthard (Red Bull)
5 Giancarlo Fisichella (Renault)
6 Felipe Massa (Ferrari)
7 Robert Kubica (BMW Sauber)
8 Adrian Sutil (Spyker F1)
9 Vitantonio Liuzzi (Toro Rosso) *
10 Rubens Barrichello (Honda)
11 Jenson Button (Honda)
12 Sakon Yamamoto (Spyker F1)
13 Jarno Trulli (Toyota)

Não completaram:

14 Nick Heidfeld (BMW Sauber)
15 Takuma Sato (Super Aguri F1)
16 Ralf Schumacher (Toyota)
17 Anthony Davidson (Super Aguri F1)
18 Nico Rosberg (Williams)
19 Sebastian Vettel (Toro Rosso)
20 Mark Webber (Red Bull)
21 Fernando Alonso (McLaren)
22 Alexander Wurz (Williams)

* após penalização

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ferrari responde na Bélgica e consegue dobradinha


A Ferrari dominou completamente o GP da Bélgica, partindo ambos da primeira linha da grelha os carros italianos impuseram desde cedo um ritmo que mais ninguém conseguiu acompanhar, os dois McLaren seguíam atrás, mas mas nunca foram incomodo para o duo que liderava a prova, e apenas nas voltas que antecediam as paragens para reabastecimento e troca de pneus conseguíam marcar tempos próximos dos monolugares vermelhos, o que demonstrou que pelo menos naquela pista Spa-Francorchamps os F2007 possuíam um muito melhor equilíbrio com o tanque de combustível cheio do que os MP4/22.

Desta forma os dois Ferrari dobraram a linha de chegada em primeiros, com Kimi Raikkonen a vencer seguído de Felipe Massa, logo atrás ficaram os dois McLaren com Fernando Alonso a subir ao lugar mais baixo do pódio e Lewis Hamilton a acabar a corrida na quarta posição.

Com este triunfo e após a FIA ter retirado todos os pontos à equipa McLaren a Ferrari já é vendedora do mundial de construtores.

No Mundial de Pilotos Hamilton continua a liderar mas só possui agora dois pontos de vantagem sobre o seu companheiro de equipa Alonso.

Faltam três provas para o final do campeonato.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Em Itália McLaren vulgariza Ferrari


Mesmo jogando no seu próprio terreno, perante o seu próprio público, e na pista onde mais triunfos conquistou, a Ferrari foi inapelávelmente batida pela McLaren, e em toda a linha, já que a superioridade dos carros prateados não se evidenciou apenas na corrida, mas durante todo o fim de semana, contrariando todos aqueles que julgavam que a maior distância entre eixos do F2007 lhes iria conferir maior estabilidade nas longas rectas e curvas rápidas do circuito de Monza, no final a formação de Woking conquistou mais uma dobradinha, deixando a saber a pouco o terceiro lugar de Raikkonen.

A corrida em si não teve muita história, com as posições a ficarem praticamente definidas à partida, Alonso manteve a ponta, e Lewis Hamilton segurou o segundo posto do ataque de Massa no braço, o piloto brasileiro esse viria a abandonar pouco depois com um problema na sua suspensão traseira.

Alonso dominou toda a prova, mantendo sempre um ritmo demasiado forte para toda a concorrência, inclusive o seu companheiro que nunca se conseguiu aproximar demasiado, já Raikkonen aproveitando ter partido com mais combustível e realizando apenas uma paragem ainda logrou ficar à frente de Lewis Hamilton após o segundo reabastecimento deste, mas a fogosidade do jovem britânico foi demais para si e pouco depois veria este ultrapassa-lo em pista numa manobra recheada de raça, risco e brilhantismo.

Com esta dobradinha a McLaren voltou a abrir uma vantagem confortável para a Ferrari no Mundial de Pilotos, já no Campeonato de Construtores, embora matematicamente ainda existam quatro a lutar pelo título, na prática essa discussão cada vez mais está reduzida a dois homens, Fernando Alonso e Lewis Hamilton, com o espanhol a ficar a apenas três pontos do líder com a vitoria conquistada em Itália.

GP de Itália:

1. F. Alonso (Esp), McLaren, 1:18.37,806 horas
2. L. Hamilton (GB), McLaren, a 6,062 segundos
3. K. Raikkonen (Fin), Ferrari, a 27,325
4. N. Heidfeld (Alem), BMW-Sauber, a 56.562
5. R. Kubica (Pol), BMW-Sauber, a 1.00,558 minutos
6. N. Rosberg (Ale), Williams-Toyota, 1.05,810
7. H. Kovalainen (Fin), Renault, a 1.06,751
8. J. Button (GB), Honda, 1.12,168
9. M. Webber (Aus), Red Bull, a 1:15.879
10. R. Barrichello (Bra), Honda, a 1.16,958
11. J. Trulli (Ita), Toyota, a 1.17,736
12. G. Fisichella (Ita), Renault a 1 volta
13. A. Wurz (Aus), Williams, a 1 volta
14. A. Davidson (GB), Super Aguri a 1 volta
15. R. Schumacher (Ale), Toyota a 1 volta
16. T. Sato (Jap), Super Aguri a 1 volta
17. V. Liuzzi (Ita), Toro Rosso a 1 volta
18. S. Vettel (Ale) Toro Rosso a 1 volta
19. Sutil (Ale) Spyker a 1 volta
20. S. Yamamoto (Jap) Spyker a 1 volta

Classificação do Mundial de pilotos:

1. Lewis Hamilton, 92 pontos
2. Fernando Alonso, 89
3. Kimi Räikkönen, 74
4. Felipe Massa, 69
5. Nick Heidfeld, 52
6. Robert Kubica, 33
7. Heikki Kovalainen, 21
8. Giancarlo Fisichella, 17
9. Alexander Wurz, 13
10. Nico Rosberg, 12
11. Mark Webber, 8
12. David Coulthard, 8
13. Jarno Trulli, 7
4. 1Ralf Schumacher, 5
15. Takuma Sato, 4
16. Jenson Button, 2
17. Sebastian Vettel

Mundial de construtores:

1. McLaren, 166 pontos
2. Ferrari, 143
3. BMW-Sauber, 86
4. Renault, 38
5. Williams, 25
6. Red Bull, 16
7. Toyota, 12
8. Super Aguri, 4
9. Honda, 2
10. Toro Rosso, 1

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dupla operação - Polónia / Sérvia


Depois de mais um percalço no último desafio frente à Arménia, a selecção nacional terá agora pela frente uma dupla operação contra a Polónia e a Sérvia, que decorrerá respectivamente no dia 8 de Setembro no Estádio da Luz, e no dia 12 em Alvalade, existindo uma forte expectativa para duas casas cheias, tendo a conta o ritmo da venda de bilhetes para ambos os confrontos.

O espaço para errar é agora diminuto, e frente a adversários directos pelo apuramento e jogando em casa uma dupla vitória é praticamente obrigatória, mas não será fácil, ambos os conjuntos oponentes já demonstraram qualidades, e vêm certamente a Portugal com o objectivo de pontuar, sendo necessário certamente que o conjunto das quinas se apresente ao seu melhor nível para alcançar resultados positivos em ambos os encontros.

Na convocatória de Scolari a grande novidade foi a primeira chamada de Pepe que agora pode ser opção depois de concluir o seu processo de naturalização, infelizmente uma lesão acabou por obrigar à dispensa do central do Real Madrid.

Força Portugal!!!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Um 20 que faz lembrar... Simão

E à terceira jornada, a vitória chegou.
Este Benfica começa finalmente a dar mostras de que até tem qualidade e, com a garra que é imagem do seu treinador, arranca, ainda que atrasado, na luta pelo titulo.
Quim continua seguro, desde que não o obriguem a jogar com os pés. Luis Filipe já jogou melhor, mas continua sem convencer os adeptos. Katsouranis foi um dos melhores em campo, com uma exibição irrepreensível. Miguel Vitor evidencia dotes que o podem levar a ser um belíssimo central. Leo foi o que sempre é: seguro a defender, sempre pronto a atacar.
No meio-campo, Petit esteve incansável, cotando-se também como um dos melhores. Ao seu lado, "il Maestro". Rui Costa continua a mostrar a todos que a qualidade não tem idade e a sua capacidade de colocação de passe e de remate só estão ao dispôr dos melhores. Numa linha mais adiantada, Maxi Pereira. O uruguaio passou uma primeira parte longe do jogo, mas surgiu em bom plano na última meia-hora. A rever. Ao centro o capitão. Nuno Gomes continua muito esforçado, mas pouco eficaz na finalização. Na esquerda, um homem que mostra que o 2o que tem nas costas é obra do destino e que tem tudo para ser um digno sucessor de Simão Sabrosa. Di Maria é rapidíssimo, tem grande capacidade técnica, facilidade no remate e um pé esquerdo capaz de deliciar os adeptos.
Na frente, Cardozo marcou mas continua a desperdiçar muitos lances. O pé esquerdo é bom, mas precisa de trabalhar muito o direito para não perder tantos lances.
Quanto aos suplentes, Rodriguez não teve tempo para muito e Romeu Ribeiro vai tendo oportunidade de lutar por um lugar no plantel. Qualidade para isso parece ter.

sábado, 1 de setembro de 2007

Sortes lusas na Taça UEFA


Foi ontem o sorteio da Taça UEFA, e como já era esperado as sortes lusitanas foram bem diferentes, o Sp. Braga sendo a única das formações portuguesas a constar do grupo de cabeças de série calhou com um adversário à partida bem acessível, os suecos do Hammarby, já as outras equipas não fazendo parte desse grupo tiveram de se contentar com oponentes bem mais capacitados, o Paços de Ferreira estreante na prova vai encontrar pela frente o AZ Alkmar de Van Gal, que na época passada deixou fugir o título do campeonato holandês nos últimos minutos, já Leiria e Belenenses calharam ambos com conjuntos alemães, os homens do Liz terão de enfrentar o B. Leverkusen que se coloca com regularidade no topo da tabela da Bundesliga, e que ainda à poucos anos esteve mesmo presente numa final europeia, e os de Belém apanharam mesmo a fava do sorteio com a formação mais forte em concurso, o Bayern Munique, que após uma época pouco conseguída no seu campeonato, foi apenas um dos emblemas que mais gastou durante esta pré temporada no sentido de reformular o seu plantel, e que até à data tem cilindrado todos os adversário caseiros que lhe têm aparecido pela frente.

Assim sendo tirando o Braga são à partida poucas as probabilidades de mais alguma equipa portuguesa seguir em frente, mas como as contas só se fazem no fim, vamos desejar para já a melhor das sortes a todos os nossos conjuntos nesta eliminatória de acesso á fase de grupos da UEFA.