segunda-feira, 12 de maio de 2008

O adeus de um dos melhores "10" da história do futebol

"Para Luís Figo, Rui Costa reúne características técnicas que o colocam no topo “como um dos melhores intérpretes” do jogo e especificidades humanas que fazem dele um gigante, “muito maior que o Benfica”.

Na véspera do final de carreira do amigo, Figo inverte papéis e coloca o ónus da gratidão no lado do emblema recuperando a falhada transferência para o Barcelona em 1994. “É o clube que tem obrigação de o fazer feliz: saiu para onde e quando o Benfica quis [Fiorentina] e precisou. Desse ponto de vista, julgo até que o Rui poderá ter sido prejudicado na sua carreira.”

Luis Figo, in Record.

Se os elogios a um colega numa altura destas ficam sempre bem, certos comentários seriam totalmente evitáveis.
Primeiro, porque comparar a grandeza de Rui Costa com a do Benfica é um absurdo. São ambos enormes, mas não se pode (ou não deve) comparar um jogador com um clube.
Segundo, e mais importante, porque o próprio Rui Costa nunca se queixou de ter sido (eventualmente) prejudicado na sua carreira. O Maestro serviu com lealdade e amor à camisola os clubes por onde passou, tendo conquistado sempre a simpatia, admiração e carinho dos adeptos, jogadores, treinadores e dirigentes, não só dos "seus" clubes como também dos adversários.

Rui Costa passeou classe dentro e fora dos relvados, sabendo retirar-se (primeiro da selecção, depois da carreira como jogador) na altura certa, enquanto está em alta. Nunca foi acusado de "pesetero" ou "traidor", por exemplo, nem se continua a arrastar para o esquecimento. Numa coisa concordo com Figo: "
Rui Costa reúne características técnicas que o colocam no topo “como um dos melhores intérpretes” do jogo e especificidades humanas que fazem dele um gigante".

Parabéns ao Rui Costa por uma brilhante carreira, obrigado pelo que fez, não só no "nosso" Benfica, mas também pelo futebol em geral, e boa sorte para o futuro.

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