quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A Sorte o Mérito e a Vontade de Vencer


E mais uma vez três equipas portuguesas vão estar presentes na Liga dos Campeões, quando ontem à noite o Benfica se juntou a Porto e Sporting, após triunfar sobre o Copenhaga num desafio onde foi bafejado pela sorte, mas acabou tendo mérito, e no final demonstrou grande vontade de vencer.

Os encarnados chegavam à segunda mão com uma escassa vantagem de 2-1, e esperava-se que a formação dinamarquesa exerce-se grande pressão desde inicio na tentativa de virar a eliminatória, e tal veio mesmo a acontecer, uma entrada forte, tentando empurrar o jogo para perto da área benfiquista, o perigo esse era criado principalmente em lances de bola parada, onde a superioridade física dos nórdicos lhes conferia vantagens no jogo aéreo.

O golo dos da casa parecia eminente, com bolas a serem cortadas em cima da linha da baliza de Quim, mas eis que na primeira oportunidade é o Benfica quem chega à vantagem, com a execução primorosa de um lance ensaiado na conversão de um livre directo, Cardozo e Nuno Gomes dominaram nas alturas com este último assistir Katsouranis que só teve de desviar para a baliza.

Nos minutos que se seguíram os dinamarqueses pareciam ter acusado o tento sofrido, a sua pressão baixou e o perigo imediato nas imediações da área encarnada desapareceram, mas com o passar do tempo tudo voltou ao primeiro registo, com o Benfica a sentir dificuldades em gerir a posse da bola, esta era conquistada rapidamente, que sem demoras a tentava colocar na área ou pelo menos nas suas imediações, e novamente os sustos passaram a suceder-se, mas com uma enorme dose de felicidade à mistura as águias lá conseguíram alcançar o intervalo sem verem as suas redes violadas, mantendo assim a vantagem pelo obtida pelo golo de Katsouranis.

Com reatamento apareceu dos balneários um Benfica diferente, se até então o resultado parecia só assim se manter pela sorte, a partir do reinicio veio ao cima o mérito de finalmente conseguir manter o adversário longe da sua área, gerir melhor a posse de bola, e controlar o assim o jogo com grande segurança, para isso muito contribuiu a acção de Petit, esteve enorme, jogou com uma alma imensa e um pulmão monstruoso, ganhou imensas bolas, impedindo que o Copenhaga consegui-se manobrar à vontade no meio campo, ajudando assim a que a luta neste sector pende-se mais vezes para os homens da Luz.

O encontro corria agora muito, os dinamarqueses sentiam dificuldades em criar problemas ao Benfica, e só a meio da etapa complementar conseguíram voltar a ganhar algum domínio, ainda que pouco efectivo, já que a baliza encarnada praticamente só voltaria a estar em apuros nos minutos finais do desafio com os homens da casa a tentarem num último esforço obter um golo que pode-se pelo menos lançar a incerteza quando à possibilidade de um prolongamento, mas mesmo nessas alturas a defesa da formação lusitana soube estar à altura, e até as bolas aéreas passou a corar com autoridade, com destaque para Miguel Vítor, que demonstrou ao longo de todo o jogo excelente concentração, posicionamento e capacidade de antecipação.

Até ao último apito o resultado não sofreria mais alterações, no final sobrava a vontade de vencer dos encarnados, que assim conseguíram mais uma vez alcançar a Liga dos Campeões, na qual irão conhecer os seus adversários já hoje por volta das 17h00, altura em que se realizará o sorteio.

Este Benfica possui agora uma atitude mais positiva, mais lutadora, mais guerreira, por outras palavras está já a interiorizar a personalidade de Camacho, e desta forma possui todas as condições para crescer e evoluir como uma equipa mais forte.





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